Sequência didática
ARGILA
"O barro toma a forma
Que você quiser
Você nem sabe
Esta fazendo
Apenas
O que o barro quer"
Leminsk
- Faixa etária: 3 a 5 anos.
- Tempo: 6 meses.
- Objetivos gerais:
- Propiciar à criança a vivência com o primitivo por meio da argila que é a matéria-prima mais antiga que se tem conhecimento para a modelagem.
- Permitir que a criança entre em contato com a sua subjetividade, transpondo suas experiências pessoais para a modelagem com argila.
- Oferecer à criança contato com a cultura indígena.
- Objetivos específicos:
- Desenvolver a percepção espacial, bem como noções de orientação, direção e proporção.
- Ampliar a perspectiva do aluno apresentando as formas espaciais em terceira dimensão por meio da modelagem com argila.
- Apresentar ao aluno materiais e técnicas diversificadas expandindo o seu repertório.
- Estimular a criatividade dando ênfase à experimentação, deixando o aluno livre para manusear a argila criando obras com base na imaginação.
- Oferecer experiência tátil e cinestésica, com atenção especial voltada para a estimulação neuropsicomotora de crianças com dificuldades de coordenação e percepção.
- Trabalhar formas geométricas básicas, noções de dentro/fora, cheio/vazio.
- Explorar texturas e criar superfícies lisas.
- Desenvolver o esquema corporal e a lateralidade.
- Conteúdo:
- Movimento;
- Artes visuais;
- Linguagem oral e escrita;
- Natureza e sociedade;
- Matemática.
- Materiais:
- Argila vermelha;
- Argila amarela;
- Argila branca;
- Cola branca;
- Tinta plástica;
- Tinta guache;
- Musgo seco;
- Garrafa PET;
- Barbante;
- Peças de jogos de encaixe;
- Forminhas vazadas;
- Forminhas sem saída livre;
- Palitos de sorvete;
- Papelão;
- Garrafa pet;
- Jornais;
- Pincel;
- Água .;
- Lousa digital;
- Câmera digital;
- software para edição de imagem;
- Software para edição de livros digitais.
- Procedimento metodológico:
OBSERVAÇÃO: Em todas as espatas desta sequência de atividades que envolvam o trabalho com argila e tintas, as mesas deverão estar cobertas por qualquer material que a mantenha preservada da sujeira proveniente da argila e que facilite a limpeza ao final da aula.
1ª ETAPA: Roda de conversa:
- Formar uma roda de conversa para apresentar a argila aos alunos e levantar os conhecimentos prévios da turma. Explicar o seu valor cultural por meio da contação de história e da leitura de poemas, poesias e livros infantis, com a observação de algumas produções artísticas e artesanais como: esculturas, tigelas, cumbucas, vasos e etc., completando com um passeio virtual por museus de artes utilizando como recurso a lousa digital.
2ª ETAPA: Experimentação.
- Reunir as crianças nas mesas pedagógicas e deixar que manipularem livremente a argila: batendo, enrolando, torcendo, beliscando, amassando, puxando ou alisando.
- Entregar para as crianças materiais de diferentes texturas como por exemplo: peças de jogos de encaixe, forminhas de plástico vazadas e sem saída livre, palitos de sorvete, barbantes, e etc., para que elas possam explorar e observar as marcas que estes objetos deixam ao serem pressionados contra a argila.
3ª ETAPA: Gravuras.
- Pedir para as acrianças alisarem a argila com rolinhos de confeiteiro em uma superfície plana, depois cobri-la com cola branca para evitar que rache e despedace depois de seca.
- Propor para as crianças fazerem desenhos na argila úmida com palitos de sorvete.
- Depois de seca, pintar a argila com guache e pressionar uma folha de sulfite por cima. O desenho feito pela criança ficara impresso na folha.
- Montar um cartaz com as gravuras feitas pelas crianças e expor na sala de aula.
4ª ETAPA: escrita do nome.
- Pedir para que a criança alise com o rolo de confeiteiro a argila sobre um pedaço de papelão, cobrindo-a com cola branca para que não rache e nem despedace depois de seca.
- Solicitar para que a criança escreva a inicial do seu nome com palitos de sorvete na argila úmida.
- Depois de seca, deixar que a criança pinte com guache.
- Montar um cartaz com o trabalho das crianças para expor na sala de aula ou deixar que elas levem para casa.
5ª ETAPA: Acordelado indígena.
- Ensinar as crianças a técnica de modelagem do acordelado indígena, que consiste em sobrepor rolinhos de argila para confeccionar vasos e potes.
- Depois de secos, os vasinhos serão pintados pelas crianças com tinta guache e guardados para exposição na mostra pedagógica da escola.
6ª ETAPA: Esculturas.
- Solicitar para que as crianças criem esculturas de argila a partir de sua criatividade e imaginação.
- Depois de seca, deixar que as crianças pintem as esculturas com tinta guache.
- Expor as esculturas na mostra pedagógica da escola e posteriormente permitir que as crianças levem-nas para casa.
7ª ETAPA: Construção de maquetes.
- Propor para as crianças participarem, com o auxílio do professor da confecção de maquetes para contação de histórias na sala de aula, que futuramente serão utilizadas na edição e publicação de livros digitais gratuitos e sem fins lucrativos pelo Instituto Paramitas (http://institutoparamitas.org.br/).
- É importante valorizar a contribuição artística da criança na construção da maquete para que ela sinta-se inserida no projeto, o que com certeza irá aumentar o seu interesse pelas atividades que serão desenvolvidas no futuro utilizando a maquete em questão.
- Será trabalhada a Lenda do Morro do Saboó. As crianças participarão da confecção de duas maquetes utilizando argila, papelão, garrafa PET, tinta plástica, cola branca, musgo seco e massinha de modelar.
- Na primeira maquete, será modelado um vulcão de argila, com a base feita de garrafa PET e papelão.
- Quando o vulcão estiver seco, as crianças preencheram as rachaduras da argila com tinta plástica vermelha para dar o efeito de lava vulcânica. Na base, será colado musgo seco tratado para dar o efeito de vegetação rasteira. Será modelado com massinha escolar um Ipê Amarelo; árvore símbolo da cidade de São Roque.
- Na segunda maquete as crianças modelaram o morro do Saboó utilizando como base papelão e jornal. A argila será umedecida com uma mistura de cola branca e água para reforçar a aderência e evitar que a argila rache e se despedace ao secar.
- Depois de seco, as crianças pintarão com uma mistura de guache da cor verde e cola branca, a base também será pitada com a mesma mistura e terá musgo seco colado, além de alguns Ipês Amarelos modelados com massinha escolar.
- As maquetes ficarão expostas na sala com a finalidade de serem utilizadas na contação de histórias sobre a lenda do Morro do Saboó, posteriormente serão fotografadas para a ilustração de um livro digital.
- Consideração finais: está é uma sequência de atividades interdisciplinares cuja a metodologia privilegia o desenvolvimento de habilidades de interação, participação e conivência, respeitando o aluno como sujeito do seu próprio desenvolvimento, construtor da sua história e da sociedade em vive.
- Avaliação: Ocorrerá pela observação da participação do aluno quanto a:
Sua interação com os materiais propostos e de como apropriou-se dos conhecimentos abordados em cada etapa.
Da coragem e confiança que demonstrou em se aventurar na modelagem de esculturas, na criatividade e imaginação com a qual baseou as suas obras.
Sobre a sua dedicação e satisfação com o resultado final.
Na apreciação e respeito que nutre por sua produção artística assim como pela dos demais colegas.
Referencias bibliográficas:
NOVA ESCOLA. Mãos na argila para ampliar perspectivas. Disponível em: http://acervo.novaescola.org.br/fundamental-1/maos-argila-ampliar-expectativas-741527.shtml Acessado em: 20/11/2016.
JORNAL DA UEM – Universidade Estadual de Maringá. Argila como instrumento de estimulação neuropsicomotora. Disponível em:
MOREIRA, Lucia Conceição: O ATENDIMENTO EDUCACIONAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL COM SEVERO COMPROMETIMENTO: CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL . 2011. Dissertação para Pós- graduação - Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual de Maringá. Maringá. 2011
LEMOS, Denise; ZAMPERTTI, Maristani: Modelagem com Argila para crianças. Estudo de caso para licenciatura. Centro de Artes/UFPel). 2014
OLIVEIRA, Alessandra: Escultura e imaginação infantil: Um mar de histórias sem fim. Tese. Colegiado do Curso de Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências da Educação. Universidade federal de Santa Catarina. 2008.
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